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Publicado em: 13 de abril de 2017

Categorias: noticias

O inventário patrimonial ou inventário do patrimônio público

Vertes (1986, p. 7) foi taxativo em sua afirmação de que “existe inventário sem balanço, mas não há balanço sem inventário”. Considera que a base do balanço patrimonial é o levantamento do inventário geral onde se consegue confirmar a posição de cada elemento do patrimônio público. Consiste no fato de contar, medir e pesar todos os valores ativos e passivos para que possam ser mensurados e avaliados. Significa relacionar todos esses ativos e passivos com seus valores, em dado instante, de forma individual, com a sua determinação, descrição, classificação, mensuração e avaliação, com a finalidade de se conhecer a situação econômica e o real patrimônio líquido da entidade.

Portanto, o inventário pode ser considerado como o mais importante instrumento da contabilidade que visa ratificar todos os valores dos ativos e passivos, relacionados e avaliados individualmente que, por este meio, se consegue verificar também a autenticidade da diferença patrimonial entre os ativos e passivos, que significa o patrimônio liquido.

Dada a importância deste instrumento, entende-se que, no mínimo uma vez por ano deve ser realizado o inventário geral, quando ocorrerá a contagem física de cada item patrimonial, para depois, tal montante ser comparado com os valores contabilizados no ativo e no passivo para se atestar a veracidade da informação contábil como determinam Vertes e Würch (1986).

Com esta visão, os autores enfatizam que:

- o inventário pode existir sem a contabilidade e expor a posição do PL eficazmente;

- sem o inventário não existe contabilidade correta, pois não se tem como confirmar a veracidade dos saldos contábeis que constam no patrimônio público;

- sem o inventário não é possível apurar o resultado do exercício de modo confiável;

- sem a contabilidade é possível apurar o resultado patrimonial do exercício através de inventários em que se realiza o levantamento dos bens, direitos e das obrigações da entidade;

- se o inventário não for exato, o resultado apurado pela escrituração também será inexato;

- o inventário, sob aspecto estático, revela a situação patrimonial em um dado momento;

- a comparação de dois ou mais inventários revela um aspecto dinâmico;

- o levantamento de dois inventários gerais, em duas datas diferentes, permite a apuração do resultado patrimonial de um exercício e torna desnecessária toda escrituração a respeito da apuração desse resultado;

- o levantamento inventarial é o suporte de toda atividade contábil;

Tais questões explicam a relação existente entre o levantamento do inventário e a escrituração contábil, onde este tem a função de respaldar a informação contábil. Neste contexto, é de suma importância a realização de inventários periódicos de todos:

- os itens do ativo, como por exemplo: estoques, saldo em caixa e bancos, créditos a receber, bens do ativo imobilizado e etc;

- os itens do passivo, como por exemplo: saldos de contas de financiamento a curto e longo prazo, precatórios a pagar, saldos de empenhos inscritos em restos a pagar e etc. Neste sentido, em se conferindo cada item constante no balanço, se terá uma certeza da posição patrimonial da entidade naquele momento.

 

Referência: Capítulo de livro publicado pela editora Atlas: Análise das demonstrações contábeis