Compartilhe

Notícias

Publicado em: 16 de abril de 2024

Categorias: noticias

Nova auditoria aponta rombo de mais de R$ 620 mil em prefeitura de São Martinho

Nova auditoria contratada pela atual administração de São Martinho da Serra apontou um rombo de mais de R$ 623 mil aos cofres da prefeitura resultado de um suposto desvio de recursos pelo agora ex-tesoureiro do Executivo Osiel Coelho da Silva. O caso veio à tona em maio de 2019, depois que o Banco do Brasil em Santa Maria percebeu movimentações bancárias suspeitas e avisou ao prefeito da época, Gilson Almeida (Progressistas).

A administração, então, afastou o servidor, abriu um Processo Administrativo (PAD) e comunicou à Polícia Civil e ao Ministério Público, além dos órgãos de fiscalização. Também contratou uma auditoria para apurar, a partir de 2014, o valor total do suposto rombo. Já Osiel confessou à polícia que teria feito os desvios das verbas, de cerca de R$ 400 mil, para custear apostas online e que seria viciado nesse tipo de jogo.
Realizada pela empresa paulista Maciel Auditores, a primeira auditoria apontou em um relatório parcial que os valores desviados poderiam ser “inconsistências contábeis” – depois, ainda, foi feita perícia contábil-jurídica. Ao final, o trabalho apontou mais de R$ 570 mil desviados da prefeitura.

Como os relatórios teriam sido inconclusivos quanto à comprovação de algumas movimentações financeiras do resultado anterior, uma nova auditoria foi contratada. “Era uma demanda da população e o que está na auditoria foi comprovado”, afirmou o prefeito Robson Flores Trindade (União Brasil). Na última segunda-feira, em sessão especial da Câmara de Vereadores, foi apresentado o resultado desse trabalho, realizado pela Mauss Consultoria, de Carazinho.

Dono da Mauss Consultoria, o contador Cezar Volnei Mauss apresentou as conclusões aos vereadores. Ele disse que foi analisada detalhadamente, de 2011 a 2020, a movimentação da contabilidade e comparada com os extratos bancários, além da conferência da microfilmagem de cheques. Segundo Mauss, o ex-tesoureiro fez 465 saques das contas da prefeitura somando R$ 558.894,27, de 2011 até parte de 2019. Também, conforme a auditoria, foram feitas 61 transferências das contas do Executivo para a de um familiar de Osiel, contabilizando R$ 64 mil.

À época, o tesoureiro cuidava de todo o processo em relação à contabilidade da administração – empenho, liquidação e pagamento de valores – além de ser presidente da Comissão de Licitações e membro do Controle Interno. O ex-servidor, que chegou, inicialmente, a pedir a exoneração, foi demitido em agosto de 2019 após a conclusão do Processo Administrativo.